A hidrografia do Brasil
envolve o conjunto de recursos hídricos do território brasileiro,
as bacias hidrográficas, Oceano Atlântico, os rios, lagos, lagoas,
arquipélagos, golfos, baías, cataratas, usinas hidrelétricas,
barragens, etc. De acordo com os órgãos governamentais, existem no
Brasil doze grandes bacias hidrográficas, sendo que sete têm o nome
de seus rios principais. Amazonas, Paraná, Tocantins, São
Francisco, Parnaíba, Paraguai e Uruguai; as outras são agrupamentos
de vários rios, não tendo um rio principal como eixo, por isso são
chamadas de bacias agrupadas. Veja abaixo as doze macro bacias
hidrográficas brasileiras:O Brasil possui uma das mais amplas,
diversificadas e extensas redes fluviais de todo o mundo. O maior
país da América Latina conta com a maior reserva mundial de água
doce e tem o maior potencial hídrico da Terra; cerca de 13% de toda
água doce do planeta encontra-se em seu território.
A maior parte dos rios
brasileiros é de planalto, apresentando-se encachoeirados e
permitindo, assim, o aproveitamento hidrelétrico. As bacias
Amazônica e do Paraguai ocupam extensões de planícies, mas as
bacias hidrográficas do Paraná e do São Francisco são tipicamente
de planalto. Merecem destaque as quedas-d'água de Urubupungá (no
rio Paraná), Iguaçu (no rio Iguaçu), Pirapora, Sobradinho,
Itaparica e Paulo Afonso (no rio São Francisco), onde estão
localizadas usinas hidrelétricas.
Os rios brasileiros
apresentam regime de alimentação pluvial, ou seja, são alimentados
pelas águas das chuvas. Em decorrência de o clima tropical
predominar na maior parte do território, as cheias ocorrem durante o
verão, constituindo exceção alguns rios nordestinos, cujas cheias
ocorrem entre o outono e o inverno. Os rios do sul não tem vazante
acentuada, devido à boa distribuição das chuvas na região, assim
como os da bacia Amazônica, também favorecidos pela uniformidade
pluviométrica da região.
No Brasil, predomina a
drenagem exorréica, ou seja, os rios correm em direção ao mar,
como o Amazonas, o São Francisco, o Tocantins, o Parnaíba, etc.
Pouquíssimos são os casos de drenagem endorréica, em que os rios
se dirigem para o interior do país, desaguando em outros rios, como
o Negro, o Purus, o Paraná, o Iguaçu, o Tietê, entre outros.
Em sua maior parte, os
rios brasileiros são perenes, isto é, nunca secam. Mas na região
semi-árida do Nordeste há rios que podem desaparecer durante uma
parte do ano, na estação seca: são os chamados rios temporários
ou intermitentes.
Lagoa dos Patos, no Rio
Grande do Sul, Brasil. À direita, o Oceano Atlântico.
O Brasil possui poucos
lagos, classificados em:
* Lagos de
barragem, que são resultantes da acumulação de materiais e
subdividem-se em lagunas ou lagoas costeiras, formadas a partir de
restingas, tais como as lagoas dos Patos e Mirim, no Rio Grande do
Sul, e lagoas de várzea, formadas quando as águas das cheias ficam
alojadas entre barreiras de sedimentos deixados pelos rios ao
voltarem ao seu leito normal. São comuns na Amazônia e no Pantanal
Mato-Grossense;
* Lagos de erosão,
formados por processos erosivos, ocorrendo no Planalto Brasileiro.
Os centros dispersores
— ou seja, as porções mais altas do relevo que separam as bacias
fluviais — que merecem destaque no Brasil são três: a cordilheira
dos Andes, onde nascem alguns rios que formam o Amazonas; o planalto
das Guianas, de onde partem os afluentes da margem esquerda do rio
Amazonas; e o Planalto Brasileiro, subdividido em centros dispersores
menores.
Os rios, ao
desembocarem em outro rio ou no oceano, podem apresentar-se com uma
foz do tipo estuário, com um único canal, ou do tipo delta, com
vários canais entremeados de ilhas; ocorre, excepcionalmente, o tipo
misto. No Brasil, predominam rios com foz do tipo estuário, com
exceção do rio Amazonas, que possui foz do tipo misto, e dos rios
Paranaíba, Acaraú, Piranhas e Paraíba do Sul, que possuem foz do
tipo delta.
País úmido, com
muitos rios, o Brasil, possuía quatro bacias principais e três
secundárias, divisão que vigorou até a promulgação da Resolução
nº 32, de 15 de outubro de 2003, aprovada pelo Conselho Nacional de
Recursos Hídricos:
* Bacias principais
o Amazônica
o
Tocantins-Araguaia
o Platina
o São
Francisco
* Bacias
secundárias
o Nordeste
o Leste
o Sudeste-Sul
Nenhum comentário:
Postar um comentário